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terça-feira, 21 de abril de 2015

CADEIRA Nº 6 - JORNALISTA PEDRO CELESTINO DA COSTA AVELINO

Qualquer município deste Estado deveria sentir orgulho se tivesse como nome o do Jornalista Pedro Avelino. Nascido em Angicos, em 19 de maio de 1861, batizou-se em 30 de maio do mesmo ano, tendo como padrinhos Luiz Gonzaga de Brito Guerra e Anna Teixeira de Sousa. Casou-se, em 27 de Outubro de 1885, com Maria das Neves Alves de Sousa, irmã do Capitão José da Penha. Participou da “Campanha da Salvação”, em 1911, chefiada pelo cunhado, Capitão José da Penha. Em 1897 foi Administrador dos Correios em nosso Estado. Em 1912 foi nomeado para o cargo de Prefeito do Acre. Finalmente, depois de voltar de Paris, onde foi cuidar da saúde, foi nomeado Tesoureiro de Estrada de Ferro Central do Brasil. Faleceu em 20 de julho de 1923. No dia 19 de maio, completa 148 anos do seu nascimento.
Era patrono da cadeira de nº 6 da Academia Potiguar de Letras. No seu discurso de posse, na referida Academia, Antonio Alves de Oliveira, disse entre outras coisas do Patrono o que se segue:
“Pedro Avelino revelou desde cedo natural pendor para as lutas da imprensa, marco de sua carreira literária, ingressando na vida pública ao tempo em que o regime republicano vinha de ser inaugurado no Brasil, e cuja consolidação no Rio Grande do Norte havia sido confiada com muito acerto ao tino político  do notável brasileiro Dr. Pedro Velho de Albuquerque Maranhão.”
Continua Antonio Alves, “em 1879, contando 18 anos de idade, órfão de pai, com o encargo da família, passou a residir no Recife, exercendo, ali, sua atividade no comercio até 1884. Regressando ao Estado no ano seguinte, recomeçou com maior decisão sua vida literária.” Diz mais Antonio Alves, “Proclamada a República em 1889, a cuja propaganda dera também o seu contributo como jornalista comentando os fatos políticos da época pela imprensa, Pedro Avelino tomou a deliberação de fundar em 1892 o seu primeiro jornal, o seminário “O Caixeiro” de propaganda republicana, traçando no editorial sua linha de conduta: “O Caixeiro não é órgão de caixeiros, nem mesmo do comércio: aspira a mais dilatados horizontes na arena jornalística.” Por sua vez, A Republica, diário oficial do novo regime no Estado, noticiando o aparecimento frisava: “E sério sem tristeza; altivo sem violência.”
Conhecido, então, como um dos jornalistas mais completos, admirável na dialética com que analisava  os fatos, sobretudo porque não havendo freqüentado curso universitário (o cultivo do espírito apenas se resumiu nos rudimentos adquiridos em escola primária, na época mais necessária de sua formação intelectual) Pedro Avelino foi, por isso mesmo, a revelação de uma inteligência prodigiosa, de um espírito arguto, esclarecido e equilibrado e que facilmente aprendia os  motivos a serem analisados e combatidos.”
Em janeiro de 2007 fui fazer uma visita à cidade de Pedro Avelino em busca de  informações, retratos ou bustos de Pedro Celestino da Costa Avelino. Tais informações ou as fotografias que pudesse obter fariam parte do meu livro e poderiam servir de subsídios para eu descobrir o elo que ligava Pedro Avelino e Georgino Avelino a minha família. Até então, só tinha pistas, mas nenhuma prova mais concreta.
Quando cheguei à cidade procurei, logo, por Sérgio Theodoro, o Prefeito na época que trabalhou comigo na Secretaria de Administração do Estado. Lá chegando perguntei, de saída, por um retrato ou busto do Jornalista Pedro Avelino. Não havia nada para espanto meu. Sérgio mandou buscar José Wilson pessoa que segundo ele poderia dar maiores informações. Quando ele  chegou expliquei meu intento e aproveitei para perguntar sobre documentos da Câmara Municipal, os mais antigos que houvesse.  Não havia, e a única coisa que ele me mostrou foi um livro de ata de instalação do município.
Soube, naquele momento da visita, que todo esse descaso com o homenageado vinha da insatisfação originada pela mudança no nome da cidade que já tinha se chamado Gaspar Lopes e depois Epitácio Pessoa, e que aquela nova mudança tinha sido imposição do Senador Georgino Avelino, filho de Pedro Avelino.
O livro de atas só continha aquela instalação e já estava corroído pela traça em algumas folhas. Sugeri que fizessem rapidamente uma microfilmagem, digitalização ou imagem do mesmo. Com um tempo depois recebi pelas mãos de Sérgio Teodoro uma cópia do documento.
O começo da ata trazia a data da instalação e as principais autoridades presentes, e por isso transcrevo para cá.
“Ao primeiro dia do mês de janeiro do ano de mil novecentos e quarenta e nove, as doze horas, no prédio da prefeitura municipal de Pedro Avelino a rua 15 de Novembro, presentes o Exmo. Snr. Governador José Augusto Varela, Exmo. Snr. Senador Federal Georgino Avelino, deputado Federal Deoclécio Dantas Duarte, deputado Estadual Manoel Varela de Albuquerque, deputado Estadual Antonio Pereira Dias, representando os deputados Pedro Soares Amorim, Claudionor Thelogio de Andrade e Antonio Soares Filho, prefeito  Francisco Torres Peres, do Município de Angicos, prefeito deste Município Capitão Luiz Gonzaga Cezar de Paiva, Diretor dos Correios e Telégrafos José Anselmo Alves de Souza, Snr. José Gabriel Avelino, vice-prefeito  de Angicos, João Fernandes de Mello representando o prefeito de Macau, Luiz Felipe Câmara , representante dos Snr. Jarino Tinoco, Francisco Pinheiro, Gonzaga Galvão, Wanderlinder Germano, Francisco Souza e José da Silva Bastos, Justino Xavier de Souza, representante do Snr. Deputado Federal Mota Neto, Arlindo da Rocha Bezerra, representante do Snr. Floriano Paulino Pinheiro, e grande número de amigos e correligionários e famílias.”
Ainda estiveram presentes, conforme as assinaturas, entre outros: Afonso Avelino Dantas, José Vicente da Costa, Pedro Alves Bezerra, Gildenor Monteiro Bezerra e Anna Marfisa Trindade.
2011 é o sesquicentenário

FONTE – UTINGA E FAMILIAS DO SERIDÓ

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CADEIRA Nº 3

CADEIRA Nº 2

cadeira nª 01

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